sexta-feira, 19 de julho de 2013

Testamento de Francisca Ribeiro de Oliveira

Boa noite,

A Viviane me disponibilizou esse documento que agora compartilho com vocês. Trata-se do testamento de Francisca Ribeiro de Oliveira. O documento é grande, a resolução da imagem não está muito boa e, confesso, eu ando um pouco sem tempo, por isso só consegui transcrever uma parte do documento. Se alguém puder ajudar na transcrição, agradeço imensamente.

Um abraço,

Mayara


Página 1


1848
N66
Testamento de Francisca Ribeiro de Oliveira
Testamenteiro seu  (?) Félix da Motta Paes


Anno de Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil oitocentos e quarenta e oito aos vinte e dous dias  dos mês de julho do dito anno nesta Villa de Pouso Alegre, Comarca de Sapucahy (...)  e do Cônego João Dias de Quadros Aranha e sendo a lei para ele foi dada sua parte no justo pelo qual determinam (...) Escrivão que copiado o testamento (...) Dona Francisca Ribeiro de Oliveira certificado o seu testamento (...) fazer os


Página 2




Página 3
O Escrivão de Orfãos que se acha servindo de Primeiro Tabelião interinamente extraindo do livro de registros a cópia do testamento com que faleceu Francisca Ribeiro de Oliveira, notifique o testamenteiro da mesma para no termo de 24 oras vir prestar juramento de inventariante fazer as devidas declarações e dar bens a inventário para  em vista dele  se pagar o respectivo selo da erança. Outro sim notifique a Coleta Municipal e a do testamenteiro para se louvarem  marcando-lhe para outro dia, tudo debaixo das penas da lei aqui se cumpra. Pouso Alegre, 22 de julho de 1848.
João Dias de Quadros Aranha


Página 4
Cópia do testamento com que faleceu Francisca Ribeiro de Oliveira (...) folhas hum arranjo número e dois quatrocentos (...) pagam quatrocentos e oitenta (réis?) o Sello. Villa de Pouso Alegre dois de julho de mil oitocentos e quarenta e oito (...) Eu Francisca Ribeiro de Oliveira estando com saúde e em meu perfeito juizo mas temendo me da morte faço o vivo (?) testamento na forma: Sou natural da Freguezia de Pouzo Alto da Província de Minas Bispado de Mariana e prezente moradora desta Freguezia de Pouso Alegre filha legítima de Manoel Corrêa Ribeiro  e de Leonor Angélica de Oliveira ambos já falecidos. Fui casada com Francisco José de Azevedo de cujo casamento não tivemos filhos alguns. Nomeio (?) meus testamenteiros em primeiro lugar Félix da Motta Paes, em segundo ao reverendo João Dias de Quadros Aranha, em terceiro João Antônio Pereira, na qual quem aceitar o ei ficar abonado e afiançado seu que (?) ser concedido a qual quer (esperança?)  e o  constituo(?) Procimo do seu (?) . Deicho quatro (?) determino 9?0 testamento. Deicho ao primeiro   que aceitar essa minha (testamentaria ?) quatrocentos mil réis. Os bens que possuo são os que se (acharam?) por minha morte dos quais  por não ter herdeiros forçandos em que (?) leis (...) das quais (...) Deicho a meu (...) irmão João Ribeiro de Oliveira que (...) mil(..) os quais lhe deicho não (...) façam de (?) minha caza que (...) digo minha companhia. Deicho a minha affilhada Maria Ribeiro cazada com Victoriano José de Oliveira uma criollinha(…)  de nome Placidin digo (?). Deicho a meu affilhado Joaquim filho de Felíx da Motta Paes uma crioulinha de nome Francisca. Deicho a meu affilhado José filho de José (Sarmento?) com mil (?). Deicho a três meus affilhados Antônio, Francisca e Maria filhos de meu irmão José Joaquim de Oliveira trinta e dois mil réis  a cada hum. Deicho a minha affilhada Anna filha de Floriano Rodrigues de Morais (cem?) mil réis. Deicho ao Senhor Bom Jesus, padroeiro desta Matriz de Pouso Alegre, cém mil réis que serão (?) ao procurador do mesmo Senhor. Meu testamenteiro mandará dizerem cem missas por minha alma vinte a cinco pela alma do falecido meu marido e dez pela alma de meus pais. No dia de meu enterro meu testamenteiro (?) pelos pobres mais necessitados  desta Freguezia que (?) mil mês Maio (?) será feita a eleição de meus herdeiros e (...) minhas últimas vontades (?) como de facto instituo por meu universal herdeiro a Felix da Motta Paes e em sua falta seu filho  (Joaquim?) (?) seus filhos (?)  do legítimo matrimônio com D. Lucinda Maria  de Jesus os quais todos herdeiros (...) alguns dos filhos


Página 5


Página 30
Em vista da resposta do Coletor Municipal e dos ditos das testemunhas (dei?) por justificado o deduzido na petição (?). Seja esta apensada ao respectivo inventário para ser atendida na conta judicial a que se (?). Pague o justificantes as custas. Pouso Alegre, 21 de agosto de 1848.
João Dias de Quadros Aranha

segunda-feira, 8 de julho de 2013

As mulheres dos Mendonça

Bom dia pessoal,


O documento que compartilho com vocês hoje foi encontrado pelo amigo Ismael Silva, que é um verdadeiro garimpeiro, vive encontrando coisas preciosas escondidas. Trata-se  do trecho  de um livro disponibilizado no site da prefeitura de Cristina-MG. Pelo que pude entender, é a versão digital do livro de uma memorialista local chamado Luiz Barcellos de Toledo cujo título é "O Sertão da Pedra Branca".
Confesso que é um documento do qual ainda não tenho maiores informações: ainda não sei a qual filha do casal se refere, e ainda não encontrei formas de encontrar o processo citado no texto. Caso alguém tenha alguma informação que possa me ajudar na procura, por favor, deixe nos comentários.


Um abraço,

Mayara.



“Sobre a família Mendonça da qual descendiam as esposas de José Carneiro Santiago, Luiz Barcellos diz: “...convém contar que a família Mendonça era muitíssimo brava, homens e mulheres primavam pelo gênio irascível e martirizavam com muita crueldade os seus infelizes escravos. Entre eles destacava-se a segunda mulher de José Carneiro Santiago D. Ana Vitória de Mendonça,senhora de um gênio extremamente violento, casando-se novamente depois da morte de seu primeiro marido, com Francisco da Mota Paes, homem também muito brutal e falto de educação, viveram sempre em desarmonia e mais de uma vez ela foi castigada fisicamente e com muito rigor pelo bruto marido. Desse casal descende uma fera, uma das mulheres mais malvadas que se tem conhecido. Foi casada com um homem muito bom, honrado e trabalhador, que ela dominava inteiramente. Esta mulher que tinha escravos, matava-os a fome e martírio. Contavam os vizinhos que para castigar os negrinhos por qualquer travessura própria da idade, ou para castigar a mãe na pessoa do filho, amarrava-os nos postes do curral e nos mourões da cerca da fazenda, as pobres crianças, completamente nuas, besuntados de melado feito de caldo de cana-de-açúcar, pois eles eram fabricantes de rapadura, e exposta ao sol que queimava a fim das abelhas, marimbondos e outros insetos procurando o mel no corpo das crianças as martirizavam com seus aguilhões, espicaçando-os. Outras vezes castigando com pancadas as escravas, se estas desesperadas com o sofrimento procurasse com a fuga cessar o padecer, ela que era uma mulher viril, imediatamente soltava dois ou mais cães de fila que mantinha presos em correntes, e as escravas eram dilaceradas pelos cachorros até que fossem amarradas novamente. Diziam que mais de uma escrava assim perdeu a vida. Esta mulher má era extremamente ciumenta do marido, que, no entanto era muito virtuoso, e a maior parte do mal que fazia aos escravos era por ciúmes mal fundados. Conta-se que nascendo de uma escrava uma criança um pouco mais clara que os outros, julgou com seu ciúme excessivo que era bastardo de seu marido e pegando a criancinha a colocou debaixo de uma bacia de banho, cuja borda foi ajustada no pescoço da pobrezinha, ficando a cabeça para fora e o corpo dentro, e a malvada assentou-se em cima da bacia estrangulando em poucos segundos a sua vítima. Ameaçaram de denunciá-la à justiça, mas sendo ela da principal família do lugar, ninguém quis arriscar-se a odiosidade dessa família poderosa. Passados poucos anos nova vítima caiu nas garras dessa mulher perversa; uma pobre escrava, ainda por ciúmes mal fundados, foi castigada com grande rigor e queimada toda, principalmente nas partes pudorosas. Esta morrendo, foram enterrar em Cachoeira, distrito do Paraíso. Mas desta vez, o povo indignado denunciou à justiça a criminosa. Quiseram abafar o crime, mas o clamor foi muito forte e as autoridades do Paraíso foram obrigadas a mandar fazer exame na escrava que já havia há 8 dias estava enterrada. Um moço muito distinto, honrado, bom médico Dr. Targino Otoni fez a autópsia e reconheceu o crime e a hediondez do delito. Ela foi à barra do tribunal e gastou muito dinheiro saindo livre. Portou-se no júri com uma altivez e soberba que admirou o auditório. Voltou para a fazenda e em seguida veio a liberdade dos escravos. Essa mulher forte, orgulhosa e rica caiu acabrunhada pelo remorso e em pouco tempo morreu na maior degradação possível, sofrendo mais, muito mais que suas vítimas.”



O texto na íntegra você encontra aqui.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Processos Matrimoniais Pouso Alegre-MG Parte 4

Processos Matrimoniais
Pouso Alegre - MG
Páginas
Nome do noivo
Nome da noiva
Localização no Search
Ano
1 a 21
Manoel da Silva Pereira
Joana Cândida de Jesus
Processo Matrimonial 1851, Maio-Jul
1851
22 a 38
José Luiz Brandão
Maria Theodora de Jesus
Processo Matrimonial 1851, Maio-Jul
1851
39 a 63
Antônio de Vasconcelos
Generoza Maria de Jesus
Processo Matrimonial 1851, Maio-Jul
1851
65 a 83
Dâmaso da Motta Paes
Francisca Ribeiro de Oliveira
Processo Matrimonial 1851, Maio-Jul
1851
84 a 94
Joaquim José Jacinto
Maria José
Processo Matrimonial 1851, Maio-Jul
1851
95 a 109
Joaquim José de Souza
Anna Luíza de Jesus
Processo Matrimonial 1851, Maio-Jul
1851
110 a 121
Manoel da Costa
Lúcia Alves
Processo Matrimonial 1851, Maio-Jul
1851
122 a 131
Francisco de Paula da Silveira
Maria Luiza de Jesus
Processo Matrimonial 1851, Maio-Jul
1851
132 a 142
Francisco da Cunha Victorino
Maria Geracina
Processo Matrimonial 1851, Maio-Jul
1851
143 a 155
Lino Soares de Souza
Maria do Rozario
Processo Matrimonial 1851, Maio-Jul
1851
155 a 160
Manoel Rodrigues Pereira
Maria Custódia
Processo Matrimonial 1851, Maio-Jul
1851
161 a 169
José Antônio de Paiva Bueno
Anna Jacintha do Nascimento
Processo Matrimonial 1851, Maio-Jul
1851
169 a 182
José Joaquim de Tolledo
Anna Custódia do Evangelho
Processo Matrimonial 1851, Maio-Jul
1851
183 a 193
José Ildefonso Torquato
Josefina Maria de Jesus
Processo Matrimonial 1851, Maio-Jul
1851
194 a 205
João Pereira Theobaldo
Iria Joaquina da Silva
Processo Matrimonial 1851, Maio-Jul
1851
206 a 218
Francisco João Damasceno
Felisbina Maria da Conceição
Processo Matrimonial 1851, Maio-Jul
1851
219 a 227
Augusto Ennes Baganha
Dionísia Maria da Conceição
Processo Matrimonial 1851, Maio-Jul
1851
228 a 252
Vicente José de Oliveira
Silvéria Cândida do Nascimento
Processo Matrimonial 1851, Maio-Jul
1851
253 a 263
Antônio Pereira dos Reis
Luiza Garcia Ribeiro
Processo Matrimonial 1851, Maio-Jul
1851
264 a 284
Francisco Leite da Silva
Bárbara Maria de Jesus
Processo Matrimonial 1851, Maio-Jul
1851
285 a 308
Manoel Cândido da Silva
Rita Pereira
Processo Matrimonial 1851, Maio-Jul
1851
309 a 318
Francisco José Garcia
Maria das Neves
Processo Matrimonial 1851, Maio-Jul
1851
320 a 344
Francisco José Rodrigues
Anna Marcelina de Mello
Processo Matrimonial 1851, Maio-Jul
1851

Processos Matrimoniais de Pouso Alegre - MG Parte 3

Páginas
Nome do noivo
Nome da noiva
Localização no Search
Ano
2 a 7
-
Cândida Maria da Conceição
Processo Matrimonial 1850, Ago-1851, Jul
1850
8 a 13
José Correia da Silva
-
Processo Matrimonial 1850, Ago-1851, Jul
1850
14 a 20
-
Francisca Ribeiro de Oliveira
(Filha de Victoriano José de Oliveira e Maria Ribeiro de Oliveira)
Processo Matrimonial 1850, Ago-1851, Jul
1851
21 a 31
João Alves (ex-escravo do finado José Alves)
Maria Rodrigues (ex-escrava do finado Luiz Rodrigues)
Processo Matrimonial 1850, Ago-1851, Jul
1850
32 a 43
José Marcelino da Silva
Baptista Joana de Jesus
Processo Matrimonial 1850, Ago-1851, Jul
1850
44 a 53
José Caetano de Camargo
Prudenciana Claudina Mendes
Processo Matrimonial 1850, Ago-1851, Jul
1850
54 a 66
Joaquim José Ribeiro
Anna Pereira da Silva
Processo Matrimonial 1850, Ago-1851, Jul
1850
99 a 109
Francisco José Dias
Olímpia Henriqueta da Silva
Processo Matrimonial 1850, Ago-1851, Jul
1850
67 a 80
Joaquim Inácio de Oliveira
Anna Bárbara de Abreu
Processo Matrimonial 1850, Ago-1851, Jul
1850
81 a 87
Joaquim Ferreira do Espírito Santo
Maria Angélica de Mello
Processo Matrimonial 1850, Ago-1851, Jul
1850
88 a 98
Antônio Vicente Tosta
Gertrudes Maria Fernandes
Processo Matrimonial 1850, Ago-1851, Jul
1850
110 a 135
Joaquim Antônio Miranda
Maria do Carmo de Jesus
Processo Matrimonial 1850, Ago-1851, Jul
1850
136 a 146
Francisco Rodrigues Vieira
Maria Rita da Silva
Processo Matrimonial 1850, Ago-1851, Jul
1850
147 a 156
Joaquim Corrêa dos Santos
Marianna Luiza de Moraes
Processo Matrimonial 1850, Ago-1851, Jul
1850
157 a 167
Domingos Rodrigues Simão
Anna Maria da Conceição
Processo Matrimonial 1850, Ago-1851, Jul
1850
168 a 178
José Zacarias Alves
Gertrudes Ribeiro de Aguiar
Processo Matrimonial 1850, Ago-1851, Jul
1850
179 a 189
Antônio
Maria (escravos de Vicente Ferreira da Costa)
Processo Matrimonial 1850, Ago-1851, Jul
1850
190 a 201
José Barbosa da Silva
Thereza Maria de Jesus
Processo Matrimonial 1850, Ago-1851, Jul
1850
202 a 212
Luiz Antônio da Silva
Maria das Dores da Silva
Processo Matrimonial 1850, Ago-1851, Jul
1850
213 a 223
Gregório José da Cunha
Rita Martha de Oliveira
Processo Matrimonial 1850, Ago-1851, Jul
1850
224 a 234
Antônio Pereira Garcia
Mariana Pereira da Silva
Processo Matrimonial 1850, Ago-1851, Jul
1850
235 a 241
Francisco Pinto
Anna Francisca de Jesus
Processo Matrimonial 1850, Ago-1851, Jul
1850
242 a 253
Antônio Ignácio Ribeiro
Maria Martinha de Freitas
Processo Matrimonial 1850, Ago-1851, Jul
1850
253 a 271
Francisco Luiz Machado
Rita Francisca
Processo Matrimonial 1850, Ago-1851, Jul
1850
272 a 289
Cândido Antônio de Barros
Maria José de Barros
Processo Matrimonial 1850, Ago-1851, Jul
1850
290 a 302
Pedro Alves da Silva
Marianna Cândida
Processo Matrimonial 1850, Ago-1851, Jul
1850
303 a 320
João Hermenegildo Pereira
Maria Mônica Vieira
Processo Matrimonial 1850, Ago-1851, Jul
1850
321 a 340
José Pedro da Silva
Mariana Flauzina
Processo Matrimonial 1850, Ago-1851, Jul
1850
341 a 357
Francisco Pereira de Andrade
Anna Joaquina de Jesus
Processo Matrimonial 1850, Ago-1851, Jul
1850
358 a 380
Pedro de Alcântara Ferreira
Rita Maria Petronilha
Rita Carolina de Jesus
Processo Matrimonial 1850, Ago-1851, Jul
1851